O Supremo Tribunal Federal (STF) revogou o pedido de prisão do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Inicialmente, circulou a informação de que Cid havia sido detido pela Polícia Federal, que investiga se ele tentou obter um passaporte para deixar o país.
A suspeita é de que o ex-ministro do Turismo do governo Bolsonaro, Gilson Machado, tenha atuado para facilitar a emissão de um passaporte português a Mauro Cid, um dos réus no chamado “inquérito do golpe”. O objetivo seria permitir sua fuga do Brasil e evitar a Justiça.
Na terça-feira (10/6), a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediram ao STF a abertura de um inquérito contra Gilson Machado. A PGR endossou o pedido da PF e solicitou a autorização para medidas cautelares como busca e apreensão — pessoal e domiciliar — além do afastamento dos sigilos telemáticos e telefônicos de Machado. A quebra de sigilo deve abranger o período de 1º de janeiro a 5 de junho de 2025.
Segundo os investigadores, há indícios concretos de que Machado atuou junto ao Consulado de Portugal em Recife para ajudar Cid a obter o documento e viabilizar sua saída do Brasil.