A Academia Brasileira de Ciências (ABC) tem expressado preocupações sobre o desmonte das universidades públicas no Brasil, destacando a necessidade urgente de reverter essa situação para garantir o futuro da ciência e da educação no país.
Em documentos e declarações recentes, a ABC enfatiza que mais de 90% da produção científica nacional ocorre em universidades públicas, principalmente por meio de programas de pós-graduação. No entanto, cortes orçamentários sucessivos e a defasagem nas bolsas de estudo têm comprometido esse sistema, resultando em menor interesse de jovens pela carreira acadêmica e científica.
A presidente da ABC, Helena Nader, alertou que a retirada de recursos da ciência e tecnologia ameaça o funcionamento das instituições de ensino superior, podendo levar ao fechamento de universidades públicas. Ela defende que o Brasil aumente os investimentos em ciência, tecnologia e inovação para 2% do PIB até 2026, como forma de garantir o desenvolvimento sustentável e a formação de profissionais qualificados.
Além disso, a ABC e outras entidades científicas manifestaram preocupação com possíveis mudanças no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), ressaltando a importância de preservar a pasta de interferências políticas que possam comprometer a continuidade das políticas públicas voltadas para o setor.
Essas manifestações refletem o compromisso da comunidade científica em defender a educação e a ciência como pilares fundamentais para o progresso do Brasil.