O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, afirmou nesta quarta-feira (17) que, no Brasil, não existe censura — embora pareça ter “esquecido” da enorme quantidade de pessoas e veículos que são silenciados pelos poderes judiciários diariamente:
“Eu nunca vi abordado aqui, prezados colegas, mas acho que não gostaria de virar as costas a esse problema, a questão das sanções.
E eu refleti muito, porque acho que há uma imensa incompreensão, talvez direcionada. E acho que o tribunal, um pouco pelas circunstâncias do recato judicial, não se manifestou publicamente sobre o que está acontecendo.
E eu me senti motivado a fazer isso. Até porque, como é público e notório, eu tenho muitas ligações com os Estados Unidos onde estudei, vivi e trabalhei em diferentes épocas da minha vida
Mas apenas para deixar documentado todos os meus sentimentos em relação ao país são bons. Tenho relações acadêmicas, amigos queridos, admiro pessoas e admiro instituições.”
Aqui está um resumo dos casos mais citados de pessoas e veículos silenciados por decisões judiciais no Brasil:
• Jair Bolsonaro – Está proibido de conceder entrevistas ou ter suas falas divulgadas em redes sociais por terceiros, sob risco de prisão preventiva, conforme decisão do ministro Alexandre de Moraes.
• Perfis jornalísticos e políticos – O STF determinou bloqueios completos em redes sociais e a extinção de canais no YouTube ligados a jornalistas e comentaristas críticos.
• Entrevistas proibidas – Envolvidos nos atos de 8 de janeiro não podem dar entrevistas sobre os acontecimentos, impedindo que apresentem seus próprios relatos.
• Pessoas específicas – Nomes como Rodrigo Constantino, Paulo Figueiredo, Homero Marchese, Débora Rodrigues, Jackson Rangel e Filipe Martins tiveram contas bloqueadas ou limitações de fala impostas por decisões judiciais.




