O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mostrou pela primeira vez à imprensa, nesta segunda-feira (21/7), a tornozeleira eletrônica que passou a usar por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), desde a última sexta-feira (18/7). O dispositivo está preso à perna esquerda do ex-mandatário. Ao sair de um encontro com aliados na Câmara dos Deputados, Bolsonaro afirmou confiar na lei de Deus e negou as acusações contra ele. “Não roubei cofres públicos, não matei ninguém, não trafiquei ninguém. Isso é o símbolo da máxima humilhação do nosso país. Uma pessoa inocente. (…) O que estão fazendo com o presidente da República. Nós vamos enfrentar tudo e a todos. O que vale para mim é a lei de Deus”, declarou.
O encontro foi convocado pelo Partido Liberal (PL) e organizado pelo líder da sigla na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). Mais de 50 deputados, dois senadores e parlamentares de siglas como Republicanos, PP, PSD, União Brasil e Novo participaram para discutir as recentes decisões do STF e a operação da Polícia Federal deflagrada na sexta-feira, que teve Bolsonaro como um dos alvos. Além disso, o ministro Alexandre de Moraes proibiu o ex-presidente de conceder entrevistas, acessar suas redes sociais e manter contato com cerca de 200 pessoas, incluindo aliados políticos e autoridades estrangeiras, como parte das medidas cautelares adotadas no inquérito que investiga suposta tentativa de golpe de Estado.
