Com 41 assinaturas, Senado é obrigado a analisar pedido de impeachment de Alexandre de Moraes

Após semanas de articulação e enfrentando intimidações dentro do próprio Congresso, deputados e senadores da oposição conseguiram as 41 assinaturas necessárias para protocolar o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

O movimento representa um marco: é a primeira vez que um pedido contra Moraes atinge o número mínimo exigido para ser levado formalmente ao presidente do Senado. Agora, a responsabilidade está nas mãos de Davi Alcolumbre, que resiste em pautar qualquer proposta que desagrade o STF ou o governo Lula, mesmo diante da pressão popular e parlamentar.

A base bolsonarista e conservadora afirma que o ministro vem agindo fora das quatro linhas da Constituição, cometendo abusos de autoridade, perseguindo parlamentares, censurando veículos de imprensa, violando imunidade parlamentar e impondo medidas autoritárias sem denúncia formal do Ministério Público.

A gota d’água foi a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro sem denúncia da PGR, o que provocou protestos em diversas cidades e uma forte mobilização nas redes sociais. Desde então, parlamentares intensificaram a obstrução nas votações da Câmara e do Senado exigindo três pontos: anistia aos presos políticos do 8 de janeiro, fim do foro privilegiado e o impeachment de Moraes.

Enquanto isso, Davi Alcolumbre permanece mudo, blindando o Supremo e ignorando os senadores eleitos que assinaram o pedido. A oposição já deixou claro: se o presidente do Senado continuar fingindo que nada está acontecendo, a crise institucional só vai aumentar.

A pergunta agora é: Alcolumbre vai ignorar a Constituição e engavetar o pedido, ou vai cumprir seu papel institucional? O Brasil está assistindo. E não vai esquecer.

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