Apesar de ter declarado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um patrimônio de R$ 7,4 milhões em sua candidatura de 2022, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar, nesta semana, o voto de eleitores pobres em candidatos ricos. Em discurso, Lula afirmou que “pobre que vota em rico está votando contra si mesmo”, e completou dizendo: “ele só é rico porque roubou”.
O presidente Lula também teve cerca de R$ 18 milhões em impostos perdoados pelo STF em 2022.
Essa decisão foi tomada pelo ministro Gilmar Mendes, que suspendeu a cobrança tributária movida pela Procuradoria‑Geral da Fazenda Nacional (PGFN) contra o Instituto Lula e a empresa de palestras LILS.
A fala gerou repercussão nas redes sociais, especialmente pelo fato de Lula ter acumulado um patrimônio milionário, incluindo aplicações financeiras, imóveis e veículos. O valor declarado por ele em 2022 inclui R$ 5,5 milhões em previdência privada (VGBL), além de terrenos, um apartamento e dois carros.
A crítica, segundo ele, seria dirigida aos “empresários e banqueiros” que, segundo o petista, só acumulam riqueza à custa do povo. O tom moralista da declaração contrasta com o fato de Lula ter tido parte de seus bens bloqueados pela Justiça no passado e, mais recentemente, recuperado R$ 6 milhões que estavam sob bloqueio desde a Operação Lava Jato.
A contradição entre discurso e realidade reacendeu o debate sobre a coerência de lideranças políticas que, mesmo milionárias, se colocam como representantes dos mais pobres.
