Deputada do PT nega agressão a Nikolas diante das câmeras, mas admite entre aliados

Durante o tumulto na retomada da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, na noite de 6 de agosto, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL‑MG) afirmou ter sido agredido e derrubado pela deputada Camila Jara (PT‑MS). Nas redes sociais, ele ironizou:

“Imagina se é o contrário? Esquerda sendo esquerda…”

No primeiro vídeo, Camila tenta se fazer de vítima. Afirma que apenas reagiu ao empurra-empurra e ainda usa seu porte físico — 1,60 m, 49 kg — e o fato de estar em tratamento contra um câncer como argumentos para negar qualquer agressão deliberada:

“Reagi como qualquer mulher reagiria em um tumulto”, disse.

Mas no segundo vídeo, gravado sem que ela soubesse, a máscara cai. A deputada aparece em conversa informal com colegas confessando a agressão. Sem perceber que estava sendo filmada, ela diz:

“Vamos bater no coleguinha?”
“Vai ver meu braço aqui… Pior que eu dei [um golpe] e tava com o braço…”
“Foi com o braço doído.”

Ou seja, Camila Jara se vitimiza em público, mas admite nos bastidores que realmente agrediu o parlamentar. Usa o câncer como escudo, mas no momento da violência não lembrou da própria condição de saúde.

O episódio expõe o duplo padrão escancarado: se fosse um deputado da direita agredindo uma mulher, ou uma parlamentar conservadora derrubando um homem da esquerda, a comoção seria imediata e generalizada. Mas, no caso da deputada do PT, o silêncio é conveniente.

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