Diretor-geral da PF diz que infelizmente surgiu a hipótese de envolvimento de Lulinha na farra do INSS

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, comentou nesta segunda-feira (15/12) a menção ao empresário Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, nas investigações sobre a chamada Farra do INSS, esquema criminoso revelado pelo Metrópoles. Segundo depoimento de um ex-funcionário de Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, o lobista teria repassado R$ 25 milhões ao filho do presidente da República, além de pagar uma suposta “mesada” de aproximadamente R$ 300 mil.

Ao ser questionado pela coluna de Tácio Lorran, do Metrópoles, sobre a possibilidade de Lulinha estar oficialmente sob investigação da Polícia Federal, Andrei Rodrigues afirmou que não pode comentar detalhes de inquéritos que correm sob sigilo. Ele ressaltou, no entanto, que “infelizmente surgiu essa possibilidade”.

“Não posso individualizar nem entrar em detalhes de investigações sigilosas. Como já disse, o simples fato de alguém ser citado não significa, automaticamente, que esteja sendo investigado. Desconheço os detalhes específicos desse processo, que acredito estar sob sigilo, e infelizmente surgiu essa possibilidade, mas não posso comentar”, afirmou Rodrigues durante um café com jornalistas.

O diretor-geral da PF também alertou contra a exploração midiática de citações em investigações. Segundo ele, a simples menção a um nome não deve resultar em pré-julgamento. “Isso vale para todos, sejam pessoas ligadas ao campo político da oposição ou do governo. A Polícia Federal seguirá com responsabilidade, apurando tudo o que for necessário”, concluiu.

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