Em artigo publicado em 8 de agosto de 2025 na revista Teoria e Debate — órgão da Fundação Perseu Abramo — o ex-condenado e supremo líder do PT, José Dirceu, afirmou que “isolar a extrema direita” é um passo essencial para a defesa da soberania nacional. Segundo ele, a “única coisa que realmente interessa à extrema direita é livrar Jair Bolsonaro do julgamento pelo Supremo Tribunal Federal e da prisão definitiva”.
O tom do texto dá a entender que Dirceu estaria orientando políticos aliados, militantes, a Justiça e outros a manter Bolsonaro preso e isolado, para evitar qualquer chance de retorno político e eventual vitória nas urnas.
A fala ocorre mesmo após o próprio Dirceu ter sido condenado no caso do Mensalão, em 2012, por corrupção ativa — confessando a prática do crime — a 10 anos e 10 meses de prisão. Em 2016, já na Operação Lava Jato, foi condenado pelo então juiz Sérgio Moro a 23 anos e 3 meses por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Apesar do histórico, em maio de 2024 o STF, por meio da Segunda Turma, extinguiu uma das condenações por corrupção passiva — que fixava pena de 8 anos, 10 meses e 28 dias — alegando prescrição. Meses depois, em outubro de 2024, o ministro Gilmar Mendes anulou todas as condenações de Dirceu na Lava Jato, devolvendo seus direitos políticos.
Para completar, o advogado de Dirceu declarou recentemente que Jair Bolsonaro “deve pegar 30 anos de prisão” — detalhe: segundo críticos, por um crime que não cometeu.




