O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) protocolou nesta terça-feira (23) mais um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Desta vez, o foco do requerimento são as recentes medidas impostas contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, como o uso de tornozeleira eletrônica, bloqueio de redes sociais e a proibição de comunicação com aliados — mesmo sem qualquer condenação judicial.
No pedido, Flávio argumenta que Moraes vem ultrapassando todos os limites constitucionais ao aplicar sanções severas sem processo legal, sem julgamento e sem direito de defesa. Para ele, trata-se de um claro abuso de autoridade, com traços de perseguição política e censura.
Além de denunciar o desrespeito ao devido processo legal, o senador afirma que Moraes vem se comportando como uma autoridade acima da lei, interferindo diretamente no cenário político e impondo restrições típicas de regimes autoritários.
Flávio também cobrou publicamente o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), responsável por dar andamento ao pedido. “Pautar o impeachment de Moraes é obrigação de Alcolumbre”, afirmou. A frase evidencia a pressão crescente sobre o Senado, que há anos engaveta todos os pedidos contra ministros do STF, blindando decisões cada vez mais questionadas.
O senador pede, além do afastamento, que Alexandre de Moraes fique inelegível e proibido de exercer qualquer função pública por oito anos.
Até o momento, nenhum dos pedidos de impeachment contra Moraes foi analisado com seriedade, apesar da insatisfação crescente dentro do Congresso e fora dele. Enquanto isso, decisões polêmicas seguem sendo tomadas sem debate, sem voto e sem limites.
Mas a pergunta que não quer calar é:
Por qual motivo o presidente do Senado @davialcolumbre não coloca o impeachment em votação? Se os senadores acreditarem que ele é um bom ministro, não com que se preocupar.
