Governo brasileiro se recusa a custear traslado do corpo de Juliana Marins, morta em trilha na Indonésia

O corpo da publicitária Juliana Marins, de 26 anos, encontrada morta após cair de um penhasco durante trilha no vulcão Monte Rinjani, na Indonésia, não será trazido ao Brasil com apoio do governo federal. Segundo o Itamaraty, o traslado de restos mortais de brasileiros falecidos no exterior é de responsabilidade da família e não pode ser custeado com recursos públicos, conforme determina o decreto 9.199/2017.

A legislação brasileira estabelece que a assistência consular se limita a orientações, apoio nos trâmites com autoridades locais e emissão de documentos como o atestado de óbito. O Ministério das Relações Exteriores afirmou ainda que não divulga detalhes sobre o tipo de assistência prestada à família da vítima.

Juliana caiu em uma cratera durante trilha no sábado (21/6). Seu corpo foi localizado por equipes da Agência Nacional de Busca e Salvamento da Indonésia após quatro dias de buscas. As operações foram prejudicadas pelas condições climáticas severas e pela dificuldade de acesso à região do Monte Rinjani, localizado a cerca de 1.200 km da capital Jacarta.

Indignação

Enquanto o governo se recusa a prestar auxílio à família de uma brasileira morta no exterior, gerando indignação nas redes sociais, o presidente Lula tem sido criticado por utilizar recursos públicos e deslocar servidores para atender a ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, condenada por corrupção. A ação foi considerada um ato de favorecimento a aliados políticos, contrastando com a ausência de apoio a cidadãos brasileiros em situações de emergência fora do país.

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