Hugo motta que foi alvo de manifestantes neste domingo 21, diz que é preciso tirar pautas tóxicas

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), defendeu nesta segunda-feira (22) a construção de uma proposta de consenso em torno do projeto de anistia. Ele afirmou que o texto deve respeitar o papel do Supremo Tribunal Federal (STF) e permitir a revisão de penas. Já o relator, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), havia descartado na semana passada uma anistia ampla, geral e irrestrita, como deseja a oposição.

Motta também comentou sobre a PEC das Prerrogativas – apelidada de PEC da Imunidade, da Impunidade e da Blindagem – e disse que os protestos que tomaram conta de várias cidades demonstram a vitalidade da democracia. “A democracia no Brasil está viva, com a população nas ruas defendendo o que acredita”, declarou durante um evento do BTG Pactual, em São Paulo.

A fala ocorre um dia após as manifestações contra a PEC e o projeto de anistia para condenados pelos atos do 8 de Janeiro. Alvo direto dos protestos, Motta pediu o fim do que chamou de “pautas tóxicas” no Congresso: “É hora de deixar essas pautas de lado. Ninguém aguenta mais esse debate, precisamos olhar para frente”.

O detalhe que ele esqueceu de mencionar é que o verdadeiro fator tóxico tem sido sua própria atuação. Em apenas nove meses à frente da Câmara, Hugo Motta conseguiu o feito raro de ser rejeitado tanto pela esquerda quanto pela direita.

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