O apartamento ligado ao deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) está avaliado em R$ 5 milhões, mas no registro oficial aparece por apenas R$ 125 mil. A diferença entre o valor de mercado e o que foi registrado chama a atenção e levanta dúvidas sobre a transparência da operação.
O imóvel havia sido adquirido pela construtora Massai em fevereiro de 2024 por R$ 1,4 milhão, meses depois da inauguração do prédio, ocorrida em 2023. Segundo apurações da coluna da jornalista Natália Portinari, do UOL, a construtora afirmou que os R$ 125 mil não seriam referentes ao apartamento em si, mas a uma fração do terreno onde o prédio foi construído.
Essa explicação não convence. Se o apartamento é avaliado em milhões, como pode aparecer no papel por um valor tão baixo? Essa manobra acaba deixando a impressão de que operações imobiliárias envolvendo políticos e grandes construtoras continuam acontecendo de forma confusa e sem transparência, bem distante da realidade dos brasileiros que lutam para comprar ou financiar suas casas.
Imóveis de luxo com valores maquiados em documentos oficiais apenas aumentam a sensação de impunidade e de privilégio. O mínimo que a sociedade espera é uma investigação séria e respostas claras, sem discursos técnicos que tentam encobrir o óbvio.
