Justiça absolve Marcola e outros 159 investigados após prescrição de ação relacionada ao PCC

A maior investigação já realizada pelo Ministério Público de São Paulo contra o Primeiro Comando da Capital (PCC) — um dossiê que, ao longo de três anos e meio, reuniu milhares de interceptações telefônicas, documentos, relatórios, apreensões de armas e drogas e depoimentos que embasaram a denúncia de 175 integrantes da facção — acabou encerrada sem que qualquer réu fosse punido.

Em 2 de dezembro deste ano, a 2ª Vara de Presidente Prudente reconheceu a prescrição da pretensão punitiva, extinguindo a punibilidade de todos os acusados. Entre eles está Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado há mais de duas décadas como o principal líder do PCC.

Com isso, chega ao fim um processo que, quando apresentado, foi considerado por promotores do Gaeco como “o maior mapeamento da história do crime organizado no Brasil”.

E assim segue a Justiça brasileira: rápida para condenar Bolsonaro em tempo recorde — mesmo sem que ele tenha cometido qualquer crime, segundo seus defensores — e lenta a ponto de deixar mais de 150 criminosos de alta periculosidade impunes.

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