O Banco do Brasil (BBAS3) registrou no segundo trimestre de 2025 um lucro líquido ajustado de R$ 3,8 bilhões, queda de 60% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado veio bem abaixo das projeções do mercado, que estimavam cerca de R$ 5 bilhões, e acendeu um sinal de alerta entre investidores. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) despencou para 8,4%, contra 21,6% no segundo trimestre de 2024, evidenciando a forte pressão sobre a rentabilidade.
A instituição também revisou para baixo sua projeção de lucro líquido ajustado para 2025, agora estimado entre R$ 21 bilhões e R$ 25 bilhões, bem distante da previsão anterior, que variava de R$ 37 bilhões a R$ 41 bilhões. Além disso, o Banco do Brasil reduziu sua política de distribuição de dividendos, fixando o payout em 30%, ante a faixa anterior de 40% a 45%.
Os números refletem um cenário de aumento da inadimplência, elevação das despesas e desafios no crescimento da carteira de crédito. Para analistas, a combinação de rentabilidade menor e perspectiva mais cautelosa para o ano reforça a necessidade de atenção do mercado com o desempenho futuro da instituição.
