Ministro da Justiça culpa Governo Bolsonaro por morte de delegado

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, voltou a responsabilizar a política de armas do governo Bolsonaro ao comentar o assassinato do ex-delegado-geral de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, executado a tiros em Praia Grande, no litoral paulista. Para Lewandowski, a disseminação de armas de uso restrito, especialmente durante a gestão de Jair Bolsonaro, teria criado um ambiente propício para a expansão da violência. Ele afirmou que a “disseminação dessas armas sem controle” permitiu que armamentos antes exclusivos das forças de segurança circulassem em mãos erradas, favorecendo a criminalidade.

A declaração gerou controvérsia porque o governo Bolsonaro terminou há três anos e, desde então, foi a atual gestão quem assumiu a responsabilidade de rever e controlar a legislação sobre armas. Ainda assim, Lewandowski insiste em relacionar o crime bárbaro à herança deixada pelo ex-presidente, sem reconhecer as falhas de sua própria administração na segurança pública. Enquanto isso, os crimes no governo Lula vêm acontecendo de forma desenfreada, com índices de violência e insegurança aumentando em diversas regiões do país.

Essa não é a primeira vez que o ministro apresenta justificativas polêmicas em situações graves. No ano passado, ao comentar a fuga de dois detentos de um presídio federal de segurança máxima em Mossoró, no Rio Grande do Norte, Lewandowski declarou que o episódio ocorreu porque “as pessoas estavam mais relaxadas” durante o período de Carnaval, minimizando a gravidade da falha de segurança.

A postura do ministro evidencia a tentativa constante de transferir responsabilidades, seja culpando o governo anterior por problemas atuais, seja atribuindo uma fuga em um presídio de segurança máxima ao simples clima festivo do feriado, enquanto o país segue assolado pela violência cotidiana sob a gestão petista.

© 2015 Thalita Moema Blog Todos os Direitos Reservados