Na noite de quarta-feira (18) e manhã desta quinta (19), o Irã lançou uma nova onda de mísseis contra Israel, atingindo o Hospital Soroka, em Beersheba, no sul do país. Segundo um porta-voz do governo israelense, a unidade foi fortemente danificada. O serviço de emergência informou que pelo menos 65 pessoas ficaram feridas, incluindo três em estado grave — um homem de 80 anos e duas mulheres de cerca de 70 anos.
Outras duas mulheres na faixa dos 80 anos estão em condição estável, 42 pessoas sofreram ferimentos leves e 18 se machucaram enquanto corriam para abrigos antiaéreos.
Embora o hospital tenha sido afetado, a mídia estatal do Irã afirma que o alvo principal era uma instalação militar próxima — o centro de comando e inteligência das Forças de Defesa de Israel (IDF C4i), localizado no parque tecnológico Gav-Yam Negev, ao lado do campus da Universidade Ben Gurion.
De acordo com a agência iraniana IRNA, o hospital teria sofrido apenas com a onda de choque e não com impacto direto. “A infraestrutura militar foi um alvo preciso e direto”, afirmou a reportagem da emissora estatal.
O ataque gerou forte reação por parte do governo israelense. Em publicação na rede X (antigo Twitter), o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu acusou o Irã de atingir civis deliberadamente:
“Esta manhã, os tiranos terroristas do Irã lançaram mísseis contra o Hospital Soroka e contra a população civil. Vamos cobrar o preço integral dos tiranos em Teerã”, declarou.
O presidente de Israel, Isaac Herzog, também condenou os ataques, dizendo que entre os atingidos estavam “um bebê na UTI, uma mãe ao lado da cama, um médico correndo entre os leitos e um idoso em uma casa de repouso”.
Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva aérea ainda na quarta-feira, atingindo alvos nucleares no Irã, como o reator de água pesada de Arak e a instalação de Natanz. Segundo o governo israelense, os locais são usados para desenvolver tecnologias voltadas à fabricação de armas nucleares.
O Irã, por sua vez, nega que tenha sofrido danos graves e afirma que os ataques violam tratados internacionais. O regime iraniano denunciou Israel à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), acusando Tel Aviv de “ações agressivas e ilegais” contra instalações nucleares civis.
O conflito entra no sétimo dia consecutivo de ataques diretos entre os dois países, elevando a tensão no Oriente Médio e acendendo o alerta internacional para o risco de uma escalada sem precedentes.
