O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes usou a vigília marcada para acontecer em frente ao condomínio de Jair Bolsonaro, em Brasília, como um dos argumentos para decretar a prisão preventiva do ex-presidente. A vigília havia sido convocada por Flávio Bolsonaro, senador do PL-RJ, que pediu aos apoiadores que se reunissem para orar pela saúde do pai.
No despacho, porém, Moraes tratou a reunião de oração como um ato “criminoso” e “ilícito”. Para ele, o encontro não passava de uma repetição do que classificou como o “modus operandi da organização criminosa” supostamente liderada por Bolsonaro. Segundo o ministro, manifestações desse tipo seriam usadas para obter “vantagens pessoais”.
Moraes afirmou ainda que a vigília seria “ilícita” e poderia facilitar uma eventual fuga de Bolsonaro, apesar de o ex-presidente estar sob monitoramento permanente da Polícia Federal, com agentes dentro do próprio quintal desde agosto.
O ministro argumentou que o “tumulto causado pela reunião ilícita de apoiadores” colocaria em risco a prisão domiciliar e a eficácia das medidas impostas pela Corte, criando condições para uma possível tentativa de fuga.
Na decisão, Moraes também anexou publicações de Flávio Bolsonaro convocando apoiadores para a oração, classificando a mobilização como uma afronta à ordem pública e à democracia.
Moraes já proibiu manifestações da direita, mandou derrubar perfis conservadores e agora até vigília de oração virou alvo de proibição.
Coisas assim acontecem na Coreia do Norte e na China. No Brasil, que deveria ser uma democracia plena, jamais deveriam se tornar realidade.





