O ministro Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Penal do Distrito Federal faça vigilância 24 horas por dia na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar. A equipe deve atuar de forma discreta e em tempo integral, sem invadir a residência ou incomodar os vizinhos. A decisão atendeu a pedido da PGR e foi justificada pelo suposto risco de fuga e pela proximidade do julgamento marcado para a próxima semana.
Agora, se os verdadeiros criminosos de alta periculosidade recebessem esse mesmo nível de monitoramento, o Brasil seria outro. Onde está a vigilância permanente nos líderes de facções que comandam o crime de dentro dos presídios? Onde está o cerco rigoroso aos marginais que espalham terror diariamente nas ruas?
Se a Justiça fosse tão rápida para agir contra o crime organizado como é contra Bolsonaro, tudo funcionaria de forma mais justa e eficiente. O aparato que hoje vigia um ex-presidente poderia transformar a segurança pública se fosse voltado para os que realmente ameaçam a vida da população. Essa diferença de prioridade escancara um país onde a política fala mais alto que a proteção do cidadão.
