PCC CONTROLA R$ 30 BILHÕES E LULA RECUSOU PEDIDO DOS EUA PARA CLASSIFICAR PCC COMO TERRORISTAS

A megaoperação “Carbono Oculto”, deflagrada nesta quinta-feira (28), revelou a dimensão do poder financeiro do Primeiro Comando da Capital (PCC), que controla ao menos 40 fundos de investimento com patrimônio estimado em R$ 30 bilhões. Segundo a Receita Federal e o Ministério Público, a facção usava o mercado financeiro e setores estratégicos da economia, como combustíveis e logística, para lavar dinheiro em larga escala, movimentando valores bilionários em um esquema de corrupção e infiltração sem precedentes. Foram mais de 350 mandados de busca e apreensão cumpridos em oito estados, com bloqueio de R$ 1 bilhão em bens.

O caso expõe um contraste direto com a postura do Governo Lula. Enquanto os Estados Unidos decidiram classificar o PCC e o Comando Vermelho como organizações terroristas, o governo brasileiro optou por não fazer o mesmo. Em maio, durante reunião em Brasília, autoridades americanas solicitaram oficialmente que o Brasil adotasse essa mesma medida. A resposta foi negativa, sob o argumento de que a legislação nacional não permite esse enquadramento, já que a Lei Antiterrorismo define terrorismo como ação motivada por ideologia ou política — e não apenas por interesses financeiros.

O paradoxo é evidente: de um lado, uma facção criminosa que movimenta bilhões e controla fundos de investimento, usinas, terminais e até frotas inteiras; de outro, um governo que, mesmo diante desse poder, insiste em tratar o PCC apenas como “crime comum”. Enquanto em outros países estruturas desse porte seriam imediatamente classificadas como terroristas, no Brasil o discurso oficial minimiza a gravidade, mantendo o tema restrito ao debate jurídico. Na prática, o resultado é que o PCC já atua como um Estado paralelo dentro do país, com poder econômico e logístico comparável a organizações que o mundo reconhece como terroristas.

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