Petrobras de Macaé: quem comemorou Lula agora chora de raiva e fome

Trabalhadores terceirizados da Petrobras em Macaé, que lá atrás vibraram com a vitória de Lula, hoje estão ajoelhados no chão, chorando — não de emoção, mas de desespero. Eles estão há quase dois meses sem receber salário. Isso mesmo: sem pagamento, sem comida, sem dignidade.

Nesta segunda-feira (23), dezenas de funcionários protestaram em frente a uma das unidades da estatal. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um trabalhador implorando, aos prantos, por aquilo que é seu por direito: o salário. Uma imagem que fala mais do que qualquer discurso político. Muitos estão com as contas atrasadas, passando necessidade dentro de casa. Enquanto isso, o governo finge que está tudo bem.

A Petrobras soltou uma nota fria, prometendo resolver o problema “o mais rápido possível”. Só que o tal “rápido possível” nunca chega. E quem tem filho pra alimentar não pode esperar. O Sindicato até apareceu para apoiar, mas o caos já está instalado.

E eu fico me perguntando: cadê aquele governo que disse que “iria cuidar dos trabalhadores”? Cuidar como, se nem o básico está sendo feito? A verdade é que os funcionários que comemoraram a volta de Lula agora choram pela dura realidade que bateu à porta.

A conta chegou. E ela veio sem salário.

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