A Polícia Federal indiciou Maria Shirlei Piontkievicz, servidora do Paraná, por hostilizar o ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, durante um voo de São Luís a Brasília, na segunda-feira, 1º de setembro. O episódio ocorreu justamente na véspera do início do julgamento de Jair Bolsonaro e de outros sete acusados pela tentativa de golpe de Estado.
Durante o voo, a passageira gritou ofensas contra Dino, afirmando que não respeitava “esse tipo de gente” e chegou a dizer que o avião estaria “contaminado”. Ela também tentou se aproximar do ministro, em meio a um tom de provocação que gerou preocupação entre os passageiros.
A situação precisou ser contida por um segurança e pela tripulação, que advertiram a mulher. O caso foi comunicado à Polícia Federal ainda dentro da aeronave e, após o pouso em Brasília, ela foi formalmente indiciada.
As acusações são de injúria qualificada, por proferir ofensas em ambiente público, e incitação ao crime, por tentar estimular outros passageiros a aderirem ao ato. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público Federal, que poderá oferecer denúncia formal contra a servidora.
A assessoria do ministro destacou que episódios de agressão verbal ou física em voos representam riscos à ordem e à segurança dos passageiros, além de configurarem crimes sujeitos à responsabilização penal.




