A Polícia Federal analisou relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que apontavam movimentações de aproximadamente R$ 30,5 milhões nas contas do ex-presidente Jair Bolsonaro entre março de 2023 e fevereiro de 2024. Apesar do volume expressivo, os investigadores não encontraram indícios de crimes financeiros.
Do total, cerca de R$ 19 milhões vieram de doações voluntárias via Pix feitas por apoiadores para ajudar Bolsonaro a pagar multas judiciais. O restante correspondeu a resgates de investimentos em renda fixa e transferências internas de seu próprio patrimônio.
Mesmo com a conclusão de que não houve prática ilícita, as informações foram divulgadas de forma a parecer “provas” de corrupção, dando a entender que Bolsonaro estaria envolvido em lavagem de dinheiro. O caso foi amplamente explorado politicamente, apesar de a própria PF ter admitido que não encontrou nada irregular nas transações.
O inquérito que tratava dessas movimentações foi arquivado sem responsabilização criminal. Ainda assim, a exposição dos dados buscou lançar suspeita sobre o ex-presidente, alimentando a narrativa de que haveria irregularidades onde nada foi comprovado.




