A Procuradoria-Geral da República decidiu arquivar o pedido que buscava investigar o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, por suas decisões no imbróglio envolvendo o comando da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
O processo foi encerrado pelo vice-procurador-geral, Hindenburgo Chateaubriand, braço direito do procurador-geral Paulo Gonet — indicado ao cargo com apoio explícito do próprio Gilmar.
A denúncia partiu do vereador Guilherme Kilter (Novo-PR), que apontava possível favorecimento ao então presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. O pedido destacava a suspeição de Gilmar, principalmente após decisões que mantiveram Ednaldo no cargo, e mencionava ainda contratos firmados entre a CBF Academy e o IDP, instituto privado ligado ao ministro.
Gilmar Mendes negou qualquer conflito de interesses, afirmando que não participou da negociação e que o contrato foi tratado pela direção do IDP. Para a PGR, no entanto, não havia elementos suficientes para justificar a abertura de investigação, e o caso foi encerrado sem maiores desdobramentos.
A decisão ocorre após uma série de intervenções do STF no comando da CBF. Em 2024, Gilmar Mendes suspendeu decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que afastava Ednaldo Rodrigues da presidência e determinava intervenção na entidade. Já em 2025, voltou a barrar pedidos de afastamento, até que o próprio Ednaldo desistiu de retomar o cargo.
