O silêncio do presidente do STF, Edson Fachin, chama atenção diante das polêmicas que envolvem os ministros Alexandre de Moraes e Dias Toffoli. A situação se agravou após denúncia da jornalista Malu Gaspar apontar que Moraes teria atuado em defesa do Banco Master em conversas com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, fato que passou a gerar apreensão entre outros ministros da Corte.
No Supremo, a defesa de Moraes ficou a cargo de Gilmar Mendes, mas sem adesão dos demais colegas. Na véspera de Natal, ministros ainda discutiam qual posição adotar diante do caso.
Já o impacto das decisões de Dias Toffoli no combate à corrupção é amplamente conhecido. Há anos, o ministro vem anulando processos e condenações da Operação Lava Jato, beneficiando réus confessos e empresas que admitiram envolvimento no esquema do petrolão, muitas vezes com o perdão de multas sob alegações controversas. Agora, mais um episódio sensível chega ao seu gabinete: o caso da liquidação do Banco Master.
Daniel Vorcaro, dono do banco liquidado pelo Banco Central em 18 de novembro, e outros quatro sócios foram presos pela Polícia Federal no dia anterior, mas permaneceram pouco tempo detidos. Mesmo preso no Aeroporto de Guarulhos, às vésperas de deixar o país, Vorcaro foi solto após apenas 11 dias. Sua defesa levou o caso ao STF alegando foro privilegiado após a apreensão de um contrato que citava um deputado federal. A Corte acolheu o argumento com base no “princípio do juiz natural” e, assim, o processo acabou nas mãos de Toffoli, transformando mais um caso explosivo em uma verdadeira caixa-preta.





