O governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, decidiu suspender o visto do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e de sua esposa, a advogada Viviane Barci de Moraes.
Segundo informações do jornalista Paulo Campelo, do portal Metrópoles, Washington está investigando a atuação de Viviane à frente do escritório Barci de Moraes Sociedade de Advogados, por suspeitar que sua atividade profissional esteja sendo favorecida pela posição do marido no STF. A análise americana aponta que grande parte da renda do casal viria da atuação da advogada, o que acendeu o alerta da equipe de segurança e integridade financeira da Casa Branca.
Além da revogação dos vistos, o governo Trump avalia impor sanções financeiras diretas à esposa de Moraes, com base em possíveis benefícios obtidos por influência do cargo público exercido por ele. A Casa Branca também estaria mapeando a situação de outros ministros do STF cujas esposas atuam como advogadas — entre elas, as mulheres de Cristiano Zanin, Dias Toffoli e Gilmar Mendes.
Sanção com efeito imediato
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou oficialmente, nesta sexta-feira (18/7), a revogação dos vistos de Moraes e de seus aliados, por meio de publicação na rede X (antigo Twitter):
“A caça às bruxas política do ministro Alexandre de Moraes contra Jair Bolsonaro criou um complexo de perseguição e censura tão abrangente que não apenas viola direitos básicos dos brasileiros, mas também se estende além das fronteiras do Brasil, atingindo os americanos. Por isso, ordenei a revogação dos vistos de Moraes, seus aliados na Corte e seus familiares próximos — com efeito imediato.”
A medida marca uma escalada inédita nas relações diplomáticas entre os dois países, com foco em figuras-chave do Judiciário brasileiro.



