Nesta quinta-feira, 14 de fevereiro, o presidente Lula (PT) convocou uma reunião com os ministros para abordar o aumento dos preços dos alimentos, em meio a preocupações crescentes sobre as eleições de 2024, com a inflação e a queda de sua popularidade. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) revelou um aumento de 0,83% em fevereiro, sendo que alimentação e bebidas foram um dos grupos com maior elevação de preços.
Lula se reuniu com os ministros ligados ao agronegócio. Ele quer pedir alternativas para incentivar a queda no preço dos alimentos. Segundo Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário, a queda já chegou aos produtores e deve, em breve, atingir o consumidor final.
O que determina que esse aumento ocorreu em função de questões climáticas, que foram muito importantes no Brasil, todo mundo assistiu o excesso, a alta temperatura no Centro-Oeste, as chuvas ocorridas no Sul do Brasil, enfim, foi um aumento sazonal, a tendência agora é diminuir.Ministro Paulo Teixeira, sobre a alta dos preços
Alimentos básicos ficaram entre as principais altas em fevereiro. A alimentação no domicílio foi impactada principalmente por aumentos de preços da cebola (7,37%), da batata-inglesa (6,79%), das frutas (3,74%), do arroz (3,69%) e do leite longa vida (3,49%). Já a alimentação fora do domicílio teve alta de 0,49%, ante 0,25% em janeiro.
Culpa é das mudanças climáticas, aponta governo. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, usou o arroz como exemplo. “O Rio Grande do Sul produz praticamente 85% do arroz no Brasil, e tivemos enchentes exatamente nas áreas produtoras, o que deu certa instabilidade”, argumentou.
Consumidor deve sentir mudança até abril. Segundo ele, o produtor local já experimentou uma queda de 10% — de R$ 120 para R$ 100 por saca. “O que esperamos é que se transfira essa baixa dos preços, os atacadistas abaixem também na gôndola do supermercado, que é onde as pessoas compram”, afirmou.